GOMES, Germano

Germano Gomes nasceu a 25 de julho de 1931 na freguesia da Serra de Água, concelho da Ribeira Brava. Desde muito jovem revelou aptidão musical e iniciou a sua prática no órgão da igreja, da sua paróquia: Serra de Água.
O padre Joaquim Roque Fernandes Dantas, organista e compositor de música sacra, padrinho de Germano Gomes, encaminhou-o para a formação musical com o professor João Albino, residente no Estreito de Câmara de Lobos.
Aos dezasseis anos Germano Gomes iniciou as suas primeiras lições de música em piano, no entanto abandonou estes estudos alguns meses depois, entre outros motivos, devido à distância que percorria, a pé, entre a Serra de Água e Estreito de Câmara de Lobos para frequentar as aulas. A partir dessa idade tornou-se autodidata.
Em 1949, com dezoito anos, formou um grupo coral que tocou pela primeira vez na igreja da Serra de Água, numa liturgia em honra de São José. Entretanto iniciou o cumprimento do seu serviço militar, fixou residência no Funchal e casou-se com Maria Egídia do Patrocínio Gonçalves Tranquada Gomes.
Em 1957 iniciou uma carreira profissional paralela à atividade musical, com o ingresso no quadro dos CTT. Nessa empresa foi convidado para dirigir grupo coral do Centro de Desporto, Cultura e Recreio (CTT-CDCR), uma atividade que desempenhou até fevereiro de 2000, sendo substituído por Rui Pereira Júnior.^I
Como músico amador participou em iniciativas musicais no âmbito da música sacra e percorreu muitas igrejas da ilha, para tocar em celebrações litúrgicas, como organista e dirigente dos coros das paróquias de São Pedro, São José, São João, Santo António e Visitação.
No que diz respeito às suas composições e obra publicada, estima-se que tenha iniciado a sua atividade como compositor em 1956, data em que surgem composições musicais e letras da sua autoria. A partir desse momento a composição musical começou a ocupar um espaço privilegiado na sua vida, deixando uma obra significativa.
Germano Gomes compôs e escreveu a sua primeira missa em latim na década de 1970 e em 1999 compôs uma missa em honra de Santo António.
Das várias peças da sua autoria, muitas continuam a fazer parte do repertório de missas, na Madeira: destaca-se Ave Verum, que compôs e escreveu em 1999 em memória do seu filho mais velho, Duarte do Carmo Tranquada Gomes, falecido a 17 de novembro de 1997; e a composição Suspense, realizada durante uma viagem de avião.