MARTINS (Jr.), Agostinho
Resumo:
1841 - 1909
Professor de música e violinista nos salões da alta sociedade, Agostinho Martins confirmou o seu talento desde criança. Com dez anos atuou pela primeira vez em público, num concerto organizado pela cantora madeirense Júlia França de Neto. Após a participação neste evento iniciou lições com Agostinho Rubbio, famoso violinista de Génova, que passou diversas temporadas na Madeira, na primeira metade do século XIX.
Biografia: 
Em 1882, Agostinho Martins era professor da Filarmónica da Ponta do Sol. O Diário de Notícias comentou o trabalho que Agostinho Martins desenvolveu, em conjunto com músicos - profissionais e amadores – no sentido de organizar uma banda de música. Assim, surgiu a Orquestra Característica Madeirense.
Com uma história enraizada no percurso de Agostinho Martins, a Orquestra Caraterística Madeirense foi uma banda filarmónica madeirense dedicada a cordofones tradicionais. Agostinho Martins não só dirigia como acompanhava em braguinha. Na sua totalidade o grupo integrava: seis braguinhas, seis violas, três rajões e uma concertina. Entre os músicos que atuavam na Madeira no final do século do século XIX integravam a filarmónica Eduardo Gomes da Silva, os irmãos Sarmento e os irmãos Camacho.
A Orquestra Caraterística Madeirense tocava com frequência em soirées, eventos organizados pela alta sociedade no campo, regatas e passeios nos vapores do Tejo.
A presença da Orquestra Característica Madeirense nos salões da sociedade e a qualidade das suas exibições despoletou um convite único, para um grupo musical madeirense do século XIX. O convite surgiu através do cônsul americano, de passagem pela Madeira. John Healey propôs ao governo americano levar a Orquestra Característica Madeirense a uma exposição em Chicago, em troca das passagens e remuneração de estadia.
O governo americano acedeu ao pedido, mas a orquestra teve problemas na obtenção de licenças, para os elementos do grupo que desempenhavam cargos públicos, por isso a viagem não se realizou.
Agostinho Martins dirigiu a orquestra em diversos eventos sociais madeirenses de grande destaque. Entre os quais um concerto de Madame Mendelssohn, onde Eduardo Gomes da Silva, solista de violino, os Srs. Sarmento e os Srs. Camacho tocaram na Orquestra Característica, segundo refere o Diário de Notícias da Madeira, na publicação de 1 de Fevereiro de 1879.
Destaca-se também a festa de caridade organizada a 10 de Fevereiro de 1893 , cuja parte musical esteve a cargo de Leonor Ferraz, Eugénia Larica, Von Hafe e Agostinho Martins enquanto maestro da orquestra.
Agostinho Martins também marcou a sua carreira com a fundação da Sociedade de Concertos Funchalense em 1878. Com istalações na Travessa do Surdo, a Sociedade de Concertos Funchalense realizou o seu concerto inaugural a 17 de Janeiro de 1978.
A Sociedade contemplava uma orquestra que permitia a artistas locais tocar com regularidade, quer na orquestra, quer como solistas. Entre os músicos mais destacados para tocar na Sociedade de Concertos Funchalense constavam Augusto José Miguéis (Saxofone), José Maria Fortunato da Silva (Flauta), Agostino Martins (Violino) e Eduardo Gomes da Silva (Violino). Atuaram também artistas estrangeiros como Ernesto Maschech e César Augusto Cazella.
Em 1882, Agostinho Martins era professor da Filarmónica da Ponta do Sol. O Diário de Notícias comentou o trabalho que Agostinho Martins desenvolveu, em conjunto com músicos - profissionais e amadores – no sentido de organizar uma banda de música. Assim, surgiu a Orquestra Característica Madeirense.Com uma história enraizada no percurso de Agostinho Martins, a Orquestra Caraterística Madeirense foi uma banda filarmónica madeirense dedicada a cordofones tradicionais. Agostinho Martins não só dirigia como acompanhava em braguinha. Na sua totalidade o grupo integrava: seis braguinhas, seis violas, três rajões e uma concertina. Entre os músicos que atuavam na Madeira no final do século do século XIX integravam a filarmónica Eduardo Gomes da Silva, os irmãos Sarmento e os irmãos Camacho.
A Orquestra Caraterística Madeirense tocava com frequência em soirées, eventos organizados pela alta sociedade no campo, regatas e passeios nos vapores do Tejo.
A presença da Orquestra Característica Madeirense nos salões da sociedade e a qualidade das suas exibições despoletou um convite único, para um grupo musical madeirense do século XIX. O convite surgiu através do cônsul americano, de passagem pela Madeira. John Healey propôs ao governo americano levar a Orquestra Característica Madeirense a uma exposição em Chicago, em troca das passagens e remuneração de estadia.
O governo americano acedeu ao pedido, mas a orquestra teve problemas na obtenção de licenças, para os elementos do grupo que desempenhavam cargos públicos, por isso a viagem não se realizou.
Agostinho Martins dirigiu a orquestra em diversos eventos sociais madeirenses de grande destaque. Entre os quais um concerto de Madame Mendelssohn, onde Eduardo Gomes da Silva, solista de violino, os Srs. Sarmento e os Srs. Camacho tocaram na Orquestra Característica, segundo refere o Diário de Notícias da Madeira, na publicação de 1 de Fevereiro de 1879.
Destaca-se também a festa de caridade organizada a 10 de Fevereiro de 1893 , cuja parte musical esteve a cargo de Leonor Ferraz, Eugénia Larica, Von Hafe e Agostinho Martins enquanto maestro da orquestra.
Agostinho Martins também marcou a sua carreira com a fundação da Sociedade de Concertos Funchalense em 1878. Com istalações na Travessa do Surdo, a Sociedade de Concertos Funchalense realizou o seu concerto inaugural a 17 de Janeiro de 1978.
A Sociedade contemplava uma orquestra que permitia a artistas locais tocar com regularidade, quer na orquestra, quer como solistas. Entre os músicos mais destacados para tocar na Sociedade de Concertos Funchalense constavam Augusto José Miguéis (Saxofone), José Maria Fortunato da Silva (Flauta), Agostino Martins (Violino) e Eduardo Gomes da Silva (Violino). Atuaram também artistas estrangeiros como Ernesto Maschech e César Augusto Cazella.
Autoria:
Esteireiro, Paulo (2008). “Agostinho Martins”. In 50 Histórias de Músicos na Madeira. Funchal: Associação de Amigos do Gabinete Coordenador de Educação Artística.
Atualização:
Ventura, Ana (2011). “JÚNIOR, Agostinho Martins”. In Dicionário Online de Músicos na Madeira. Funchal: Divisão de Investigação e Documentação, Gabinete Coordenador de Educação Artística, atualizado em 22/06/2011.
Galeria:
Bibliografia:
Carita, R. e Melo, L. F. (1988). 100 Anos do Teatro Municipal Baltazar Dias. Funchal: Câmara Municipal do Funchal, p. 65.
Diário de Notícias (1876 - ). "Coleção de Jornais". In Biblioteca do Arquivo Regional da Madeira [s.n. recurso digitalizado]. Funchal: publicado em 01/02/1879, p. 2.
Diário de Notícias (1876 - ). "Coleção de Jornais". In Biblioteca do Arquivo Regional da Madeira [s.n. recurso digitalizado]. Funchal: publicado em 10/02/1893, p. 1.
Esteireiro, P. (2008). “Agostinho Martins”. In 50 Histórias de Músicos na Madeira. Funchal: Associação de Amigos do Gabinete Coordenador de Educação Artística, p. 17-18.
Freitas, M. P. (2005). “Notas [Musicais] Soltas”. In Girão - Revista de Temas Culturais do Concelho de Câmara de Lobos. Câmara de Lobos: Câmara Municipal (1ºSemestre de 2007), Vol. II, Nº4.
Morais, M. (coord.) (2008). A Madeira e a Música: Estudos [c.1508-c.1974]. Funchal: Empresa Municipal 500 Anos Funchal, p. 413.
Diário de Notícias (1876 - ). "Coleção de Jornais". In Biblioteca do Arquivo Regional da Madeira [s.n. recurso digitalizado]. Funchal: publicado em 01/02/1879, p. 2.
Diário de Notícias (1876 - ). "Coleção de Jornais". In Biblioteca do Arquivo Regional da Madeira [s.n. recurso digitalizado]. Funchal: publicado em 10/02/1893, p. 1.
Esteireiro, P. (2008). “Agostinho Martins”. In 50 Histórias de Músicos na Madeira. Funchal: Associação de Amigos do Gabinete Coordenador de Educação Artística, p. 17-18.
Freitas, M. P. (2005). “Notas [Musicais] Soltas”. In Girão - Revista de Temas Culturais do Concelho de Câmara de Lobos. Câmara de Lobos: Câmara Municipal (1ºSemestre de 2007), Vol. II, Nº4.
Morais, M. (coord.) (2008). A Madeira e a Música: Estudos [c.1508-c.1974]. Funchal: Empresa Municipal 500 Anos Funchal, p. 413.
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