PANDO, Salvador Dário Florez de

Resumo:

Saragoça, 1879 – Funchal, 1951

Compositor e regente de orquestra durante cerca de três décadas Dário Florez dirigiu concertos, orquestras e compôs músicas de revista, género em que foi um dos músicos pioneiros na Madeira. Salvador Dário Florez de Pando, conhecido simplesmente como Dário Florez, era natural de Saragoça, Espanha e fixou-se no Funchal na década de 1910. Após naturalizar-se português trabalhou como funcionário das Obras Públicas da Junta Geral.

Biografia:
sem_foto3Compositor e regente de orquestra durante cerca de três décadas Dário Florez dirigiu concertos, orquestras e compôs músicas de revista, género em que foi um dos músicos pioneiros na Madeira. Salvador Dário Florez de Pando, conhecido simplesmente como Dário Florez, era natural de Saragoça, Espanha e fixou-se no Funchal na década de 1910. Após naturalizar-se português trabalhou como funcionário das Obras Públicas da Junta Geral.
As obras que popularizaram Dário Florez junto da comunidade artística madeirense foram desenvolvidas na área da Revista Popular e criadas na década de 1910.
Em 1916 foi levada a cena no Teatro Municipal a revista Miúdos, com música de Dário Florez e texto de Pedro de Oliveira Castro. No ano seguinte Dário Florez compôs a música para uma nova revista: Semilha e Alface com letra de Adão Nunes. Uma oportunidade criada devido ao sucesso da peça anterior, Miúdos.Teatro Municipal Baltazar DiasPara além das obras referidas Dário Florez compôs mais duas revistas: Água-vai representada em 1922, também com texto de Adão Nunes e Ilha de Sonho, representada em 1948.
A composição de sucessivas revistas conduziu à nomeação de Dário Florez como primeiro maestro da Grande Orquestra Madeirense, na década de 1920. Um agrupamento musical comissariado pelos irmãos Luiz Peter e William Clode e apoiado pela Câmara Municipal, na época dirigida por Fernão de Ornelas.
Enquanto regente de orquestra Dário Florez dirigiu a Grande Orquestra de Salão de Amadores de Música, no concerto inaugural da Sociedade de Concertos da Madeira realizado no Palácio de São Lourenço, a 4 de Março de 1943.Assinatura do maestro e compositor Dário Florez, em partitura original.Dário Florez também participou numa récita de homenagem aos Bombeiros Voluntários do Funchal organizada por D. Eugénia Rego, no Teatro Municipal. Durante o evento o músico orquestrou músicas da sua autoria e do Capitão Edmundo Lomelino.

Para além das participações em eventos da alta sociedade funchalense, a sua obra musical permitiu-lhe integrar a restrita tertúlia literária Cenáculo, presidida pelo Major João dos Reis Gomes, que apenas aceitava para seus membros figuras ilustres e intelectuais de renome.

Autoria:

Esteireiro, Paulo (2008). “Salvador Dário Florez de Pando”. In 50 Histórias de Músicos na Madeira. Funchal: Associação de Amigos do Gabinete Coordenador de Educação Artística, 44-45.

Atualização:

Ventura, Ana (2011). “Salvador Dário Florez de Pando”. In Dicionário Online de Músicos na Madeira. Funchal: Divisão de Investigação e Documentação, Gabinete Coordenador de Educação Artística, atualizado em 27/04/2011.

Música:



Trevo (Valsa lenta)  
Sempre (Valsa)  
Miséria (Fado)  
Saudades de Coimbra (Fado)  
Excertos Revistas:  
Café (Maxixe, da Revista Miúdos)  
Canção do Bilhar (da Revista Miúdos)  
Fumadoras (da Revista Miúdos)  



Bibliografia:
Esteireiro, P. (2008). “Salvador Dário Florez de Pando”. In 50 Histórias de Músicos na Madeira. Funchal: Associação de Amigos do Gabinete Coordenador de Educação Artística, 44-45.

Gomes, J. V. (2005). Luiz Peter Clode e o Espólio Legado ao Arquivo Regional da Madeira. Funchal: Arquivo Regional da Madeira.

Gonçalves, M. A. (2008). “As bandas filarmónicas na Madeira - 2ª metade do séc. XIX / princípios do séc. XX”. In Revista Xarabanda. Funchal: Associação Musical e Cultural Xarabanda, p.17.
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