DELLANAVE, José António

O primeiro registo sobre a vida pessoal do músico no Funchal surge em 1863, aquando do seu casamento com Augusta da Conceição, na freguesia de S. Pedro. E posteriormente em 1867, no registo de batismo do filho, Alfredo Dellanave, de acordo com o Arquivo Regional da Madeira.
O jornal A Flor do Oceano publicou em 1866 uma referência a José António Dellanave como professor, proprietário e diretor de um colégio na Rua da Carreira, N.º 122. O músico encontrava-se “habilitado com respectivo exame de instrucção primaria, que fez perante o ex.mo sr. Comissario dos estudos de Lisboa e authorisado pelo diploma que lhe foi conferido pelo ministério” e recebia “alumnos internos e externos affiançando o annunciante aos paes da familia todo o zêlo pela educação dos discipulos”^I.
Enquanto professor também lecionou música na Filarmónica Recreio União Faialense como mestre de música. O mestre de música foi diretor artístico da banda faialense e um dos principais impulsionadores desta coletividade, em cojunto com Joaquim Francisco de Freitas, João Xavier de Freitas, Júlio Teixeira Marques Barcelos e João Albino Rodrigues Sousa^II.
Em 1897, a 21 de fevereiro, Joaquim Francisco de Freitas celebrou “na casa de Jacinto da Silva Meneses (…) um contrato de aprendizagem válido por um ano com o Mestre Sargento Della Nave”, com o objeivo de prestar formação aos músicos da Banda Filarmónica Recreio União Faialense^III.
Sobre o trabalho desenvolvido nesta coletividade o Diário de Notícias noticiou a 18 de julho de 1897 uma atuação com regência de António Dellanave, durante uma festa religiosa em S. Roque do Faial.