MADEIRA, Rosa

O primeiro contacto de Rosa Madeira com o exterior deu-se em Jersey em abril de 1985, posteriormente surgiram deslocações a Venezuela e Canárias, onde a fadista representou a Madeira em vários certames. Em 1985, Rosa Madeira também participou num certame para promoção da Região Autónoma da Madeira, realizado de novembro a dezembro no Casino Estoril.
No decorrer deste certame atuou durante dois meses no Casino Estoril e conheceu a sua "madrinha" de fado, a atriz Beatriz Costa, Manuel Paião e Eduardo Damas.
Em 1986 Rosa Madeira gravou um disco intitulado Aplauso para uma voz, com composições de Eduardo Damas e Manuel Paião. Através deste trabalho impulsionou o lançamento da sua carreira musical que havia começado com as representações no estrangeiro.
Após a gravação de Aplauso para uma voz seguiu-se Minha Ilha, Meu Fado, em 1989; Destino, em 1996, com onze temas, alguns dos quais inéditos, conjugados com os já conhecidos Esperar por ti é um fado e Cântico Negro; a editora Strauss promoveu Guitarras do meu País, em 2001, um trabalho que Rosa Madeira apresentou em vários programas de televisão; em 2006 a fadista lançou o álbum Entre a Bruma e a Saudade; e em 2009 o álbum Rosa Madeira, com os temas Santo da serra, Cuidei que tinha morrido, Água e Mel, Primavera, entre outros.

Representação do fado nas comunidades imigrantes

No final da década de 1980 Rosa Madeira continuou a representar o fado no exterior com um convite do fadista Rodrigo Ferreira Inácio (conhecido apenas por Rodrigo), para participar numa digressão pela África do Sul, nas cidades de Joanesburgo e Pretória. Rosa Madeira também representou Madeira em Berlim na ITB Internacional Tourismus-Börse e numa digressão com atuações nas principais cidades italianas, nomeadamente Roma, Florença e Milão.
Em 1989 Rosa Madeira ainda atuou nos Açores, no âmbito da Semana Cultural da localidade Velas na ilha de São Jorge e nas comemorações do aniversário de elevação a vila, da localidade Povoação na ilha de São Miguel.
No decorrer da década de 1990, Rosa Madeira continuou a atuar no estrangeiro, em especial para as comunidades portuguesas radicadas por toda a Europa e América do Sul.
Exemplo desta atividade é a sua atuação em Londres, nas comemorações do aniversário do Centro Desportivo Cultural Português; em 1994 atuou em Toronto no dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas e em outubro do mesmo ano regressou ao Centro Cultural Português de Londres; em 1996 realizou um concerto no Centro Português de Caracas, no âmbito das comemorações do dia da Região, pela comunidade de imigrantes madeirenses, uma atuação acompanhada pela Orquestra Sinfónica da Venezuela, com Arménio de Melo na guitarra e Jaime Santos na viola, sob a direção do maestro Jesus Perez Perazzo.
A 5 de junho de 1998 voltou a atuar com a Orquestra Sinfónica Venezuelana no espetáculo que este grupo apresentou na Expo 98. O mesmo espetáculo foi apresentado no Jardim Municipal do Funchal a 7 de junho. Um momento em que Rosa Madeira foi publicamente agraciada com uma Medalha de Mérito oferecida pela Orquestra Sinfónica Venezuelana.
Em maio e julho de 2004, Rosa Madeira regressou a Jersey onde realizou espetáculos para a comunidade portuguesa, noticiados pela imprensa local.
Para além das atuações dedicadas às comunidades portuguesas de imigrantes, em 2005 a fadista atuou na cidade de Enniscorthy (Irlanda), num evento privado para espetadores irlandeses e ingleses.

A distinção de uma fadista

Rosa Madeira foi homenageada com diversos prémios e distinções sobre os seus álbuns, concertos e promoção da música portuguesa no estrangeiro.
Em 1994 e 1996 recebeu o prémio de melhor artista da Região Autónoma da Madeira; a Orquestra Sinfónica Venezuelana ofereceu a Rosa Madeira uma Medalha de Mérito, após as atuações realizadas em conjunto no Funchal e em Caracas; e em 2001 foi agraciada com dois prémios consecutivos oferecidos pelo Casino Estoril devido à qualidade e beleza dos seus concertos nas 4ªs de Fado.