DALMAU, Francisco de Villa y
Espanha, 18?? - Funchal, 1900
Francisco de Villa y Dalmau integrou a Companhia Lírica de Verdini e Dejean, fixada no Funchal durante o último quartel do século XIX; dirigiu orquestras e lecionou piano, violino, solfejo e harmonia.

Após radicar-se na ilha Francisco de Villa y Dalmau desenvolveu a sua atividade musical em várias áreas como a direção de orquestra; composição; canto coral; ópera; música sacra e no ensino de piano, violino, solfejo e harmonia.
Em Julho de 1879, o Diário de Notícias informava que um conjunto de cantores de origem italiana e francesa, organizados no agrupamento Companhia Lírica de Verdini e Dejean realizavam concertos vocais e instrumentais no Funchal sob a regência do maestro Francisco de Villa y Dalmau.
O maestro aproveitou a sua estadia no Funchal para dar aulas particulares de solfejo, piano, rabeca e harmonia, uma atividade também publicada no Diário de Notícias.
No primeiro contato com a sociedade funchalense, Francisco Dalmau fez amizade com algumas personalidades madeirenses ligadas à música, como a conceituada professora de piano Maria Capitolina Crawford do Nascimento, à qual o músico dedicou uma mazurka para piano, da sua autoria, intitulada “La Constancia”, em Agosto de 1879.
Após um período de ausência, a Companhia Lírica que Francisco de Villa y Dalmau integrava regressou à Madeira em Novembro 1879. Época em que o grupo realizou óperas italianas no Teatro Esperança. A atividade do grupo manteve-se ainda durante alguns meses, mas acabaria por dissolver-se em Julho de 1880. Apesar do fim da Companhia Lírica, Francisco de Villa y Dalmau fixou residência no Funchal em 1880.
De acordo com o “Elucidário Madeirense” em 1885 a Câmara Municipal do Funchal subsidiou a criação de uma Escola de Canto Coral na qual Francisco de Villa era professor, no entanto este projeto manteve-se durante pouco tempo.
Após o fecho desta escola o músico continuou a sua atividade musical no domínio da direção orquestral, com a regência da orquestra formada por José Maria Fructuoso da Silva em 1887, durante a atuação no novo teatro do Funchal. Ainda em 1887 dirigiu a orquestra Sociedade 25 de Janeiro, durante o primeiro concerto do agrupamento, no Palácio de São Lourenço.
Existem poucas notícias sobre a sua atividade na década de 1890.
Em 1982 ainda atuou ao piano, no então designado Teatro D. Maria Pia (atual Teatro Municipal Baltazar Dias), juntamente com o músico madeirense Agostinho Martins, maestro da Orquestra Característica Madeirense.
Nesta época também assumiu o cargo de Mestre de Capela, na Sé do Funchal.
ESTEIREIRO, Paulo (2008). “Francisco Villa y Dalmau”. In 50 Histórias de Músicos na Madeira. Funchal: Associação de Amigos do Gabinete Coordenador de Educação Artística, pp. 21-22.
VENTURA, Ana (2011). “Francisco de Villa y Dalmau”. Dicionário Online de Músicos na Madeira. Funchal: Divisão de Investigação e Documentação, Gabinete Coordenador de Educação Artística, atualizado em 22/09/2011.